17-02-2010
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A viagem à Pedra do Ingá foi ótima (apesar da ressaca do dia anterior). Saímos das Malvinas faltando poucos minutos para as 5 da manhã.
Fora os pardais e nossas bicicletas, pouco ou nenhum barulho se ouvia nas ruas de CG. Pouquíssimos veículos circulavam pela cidade, já que muitos tinham migrado para o carnaval da capital e de outros lugares. Aproveitamos esta pequena "trégua" nas ruas e adiantamos nossa viagem.
A distância de onde partimos até as Itacoatiaras do Ingá é de aproximadamente 50 km. Na ida as coisas foram bem mais fáceis. Todos empolgados (ainda inteiros) e pedalando tranquilamente, pois, pra quem conhece, o caminho é só descida. Alem disso, a BR 230 estava tranqüila e seu movimento se resumia a ônibus lotados de turistas de praias. Por isso paramos apenas na cidade de Ingá. Comemos, bebemos algo, demos uma pequena pausa e fomos para as tão faladas gravuras.
A distância da cidade para o local da pedra é de 6 km e não há complicação para chegar. Seguindo as placas e o asfalto se chega lá em 15 minutos. O local das Itacoatiaras é dentro de uma pequena propriedade, que contem um barzinho, e fica sob cuidados de um senhor e uma senhora. Deles ouvimos queixas de que a Pedra é abandonada pelos poderes públicos, apesar de ser patrimônio histórico tombado pelo IPHAN. Cuidados básicos como assistência aos visitantes e limpeza do local são por conta deles.
O local ainda possui um pequeno museu com ossos enormes de animais pré-históricos da região, como a preguiça gigante de 8metros.
Descemos até o local e nos deparamos com as inscrições. A pedra fica as margens de um rio e em meio a várias outras pedras de formas muito interessantes. Muitas pedras são arredondadas e parecem ter sido desenhadas lentamente pelas águas. O local é muito bonito e não nos admira se os autores das inscrições tenham se inspirado na beleza do local.
A pedra do Ingá possui centenas de gravuras como plantas, animais e figuras abstratas muito belas. Uma dessas figuras nos chamou a atenção. Coincidência ou não o símbolo nos lembrava algo como um monociclo. Muitas das inspirações dos autores das figuras estavam ali, como os calangos e as plantas. Havia ainda belas gravuras de estrelas e outras imagens esquemáticas.
Depois das observações partiu-se para o desfrute do local. Banho de rio, colher fruta fresca direto do pé e subir nas pedras mais altas. Depois de reabastecer (a barriga), voltamos para a cidade de Ingá onde esperamos a "lua" do meio-dia “esfriar”.
Na cidade, bois de carnaval e guerra de farinha animavam a tranqüila cidade. Na volta pra casa tivemos q enfrentar a sede, pneus desgastados, 50 km de estrada, uns 33 graus de sol puro e 4 horas e meia subindo a serra da Borborema.
Chegamos às 18:30 da noite semi-mortos, mas felizes.
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